‘Após 4 anos ele recebe outra’, diz mãe de paraplégico que ganhou cadeira de rodas no AP
Ação Mãos Que Ajudam em AMAPÁ
Adolescente Lucas Thiago recebeu doação aos 10 anos e agora aos 14, em ação humanitária de igreja que prevê doar 533 cadeiras de rodas até o fim deste ano.
“Quando tinha dez anos meu filho ganhou uma cadeira de rodas nesse projeto da igreja e hoje, quatro anos após, vai receber outra”, disse contente Jade Campos, mãe do adolescente Lucas Thiago, de 14 anos. Ele participa de um programa que doa, gratuitamente, cadeiras de rodas. Para receber um modelo sob medida, ele passou por avaliação nesta quarta-feira (5).
Coordenado há oito anos pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o projeto prevê que 533 cadeiras de rodas sejam doadas ainda este ano, no Amapá. Nesta quarta-feira, 42 estavam na igreja e 36 pessoas foram convocadas.
A ajuda também motivou o adolescente a se tornar um paratleta. Thiago iniciou jiu-jítsu aos 12 anos e se transformou em exemplo de superação para crianças e adolescentes deficientes físicos.
“Ajudas como essa motivam as pessoas e, para a minha surpresa, meu filho virou uma paratleta. Então, tudo poderia ser diferente se ele não tivesse sido motivado dois anos antes”, contou Jade.
O casal americano John e Marcia Dow desembarcou no Brasil há duas semanas para trabalhar como voluntários. Para eles, que ainda irão viajar para o continente africano neste ano, a sensação de ajudar não tem preço.
“Estamos aqui para garantir que os cuidadores consigam auxiliar as pessoas que precisam das cadeiras de rodas. Elas passaram por um treinamento e hoje uma parte dos inscritos está recebendo as cadeiras. Não somos pagos para trabalhar com isso, até porque não há dinheiro que pague a sensação de ajudar o próximo”, disse o voluntário John Dow.
De acordo com o diretor do Centro de Reabilitação do Amapá (Creap), Amaury Barros, o projeto em conjunto com a igreja tem o objetivo de promover a inclusão social através de ações humanitárias.
“Eles se cadastram e depois são avaliados para sabermos qual a necessidade e o tamanho adequado da cadeira. Então, o trabalho é de filtrar esse público e ajudar quem não tem condições de arcar com os custos do item”, explicou.