Um caminho confiável para a alegria
Todos nós queremos alegria. E sabemos a fórmula para consegui-la. Mas mesmo assim, ficamos nos lamentando ao invés de correr atrás de sermos felizes.
Como humanos, nos concentramos em nossas decepções e frustrações. Lamentamos as nossas expectativas que não foram cumpridas. Pensamos no peso das coisas que precisam ser feitas.
As experiências diárias são tediosas e chatas. Os canais de mídia nos bombardeiam com notícias ruins. Nos desanimamos com nossos amigos e familiares.
Então, começamos a pensar, “É isso que farei da minha vida? Que motivos tenho para ser feliz?”
Barbara Fredrickson aponta que
“Você começa um pouco preocupado, pensando sobre o assunto e sua preocupação se expande para um ataque de pânico. Pegue um pouco de tristeza, reflita muito sobre ela, e os sintomas da depressão aparecem. E assim também é com a raiva.” (Barbara L. Fredrickson, 2009, Positivity, New York: Crown, p.164)
De acordo com Bárbara, tudo começa com uma pequena faísca, que se alimentada pode se tornar em uma grande chama, alastrando o fogo por todo o lugar.
A proposta do mundo para a felicidade
O descontentamento é acumulativo. Merecemos mais do que estamos recebendo. Mais coisas. Mais felicidade. Mais dinheiro. Mais compras. Mais beleza. Mais relacionamentos bem-sucedidos. Mais tempo para fazermos o que quisermos. Mais respeito. Mais desejos realizados.
Ao invés de imaginar que a felicidade vem do “mais,” descobrimos que a felicidade pode ser encontrada ao apreciarmos melhor o que já temos.
Um caminho mais confiável para a felicidade
A pesquisa sobre a experiência humana ideal diz que, as pessoas têm mais probabilidade de sentir alegria, quando desenvolvem a habilidade de provar as coisas boas que têm em suas vidas.
Nós provamos o que é bom, quando percebemos e apreciamos os aspectos das nossas vidas que temos como garantidos.
Também provamos o que é bom, quando escolhemos nos concentrar nas experiências positivas de cada dia, ao invés de classificar o nosso dia pelas frustrações e decepções.
Nós provamos o que é bom, quando reconhecemos as bênçãos que são colocadas sob nós a cada dia e quando somos gratos pelas ternas misericórdias do Senhor.
Somos gratos que se pudéssemos ver as nossas vidas pelas lentes da fé, Deus demonstraria uma habilidade extraordinária de transformar qualquer experiência de vida em uma benção.
Você está interessado em um processo marcante e previsível para encher a alma de alegria?
Pense nesse convite espiritual:
“E não podeis suportar tudo agora; contudo, tende bom ânimo, porque eu vos guiarei. E aquele que receber todas as coisas com gratidão será glorificado; e as coisas desta Terra ser-lhe-ão acrescentadas, mesmo centuplicadas, sim, mais.” (D&C 78:18–19).
Você quer uma carga de alegria? A formula é simples: Sente-se e registre as coisas pelas quais é grato. Depois de registrar as que você identifica com facilidade, se esforce para registrar os seus desafios como bênçãos. E veja o que acontece.
Não qualifique a sua gratidão: “Bom, às vezes sou grata por meus filhos, mas…” Afaste esse tipo de pensamento. Encontre o que é bom e celebre.
Testei esse processo em mim mesmo. Vou compartilhar os resultados com você. Talvez não se interesse pelas minhas bênçãos, mas talvez você sinta o poder da gratidão ao ouvir minhas experiências.
Existe o risco de você dizer, “Ah, você recebe bênçãos, eu não.” Não vou negar que sou abençoado. Mas minha gratidão é um estado mental. É a escolha de ver as rosas entre os espinhos da mortalidade.
Encher-se de alegria
Sou grato pelos meus ancestrais. Sou grato especialmente por aqueles que deixaram cartas, fotos e diários – até mesmo rabiscos. Sei que alguns desconhecidos deixaram traços de fé e bondade que se destila em minha alma.
Sou grato pelas memórias de meus amados avós. Sou grato pela minha família, minhas tias, tios, primos, que são cheios de graça, bondade e exuberância.
Sou grato por ter tido uma infância espiritual em meu lar, que me ensinou em minha juventude, os verdadeiros princípios e o significado da vida. Não somente sei que Orson e Bea estavam certos, mas também sei que são bons.
Sou grato por meus irmãos que toleraram minhas falhas e me ensinaram através de seus talentos extraordinários e bondade. Eles tinham razão para esperar mais de seu irmão mais velho, mas eles compartilhavam seus doces comigo sem ressentimentos.
Sou grato pelos meus professores, que viam o que havia de bom em seu atrapalhado aluno.
Sou eternamente grato pela minha esposa, Nancy Thacker Goddard, uma alma gentil e doce que tem feito mais – com exceção de Jesus Cristo – pela salvação da minha alma imperfeita, do que qualquer outra pessoa que já viveu nessa terra.
Sou grato pelos pais da Nancy, Dale e Marilyn, que encheram a sua família de exemplos de generosidade.
Sou grato pelos amados filhos que o Pai Celestial enviou para mim e minha esposa. Eles meus presentes! Como se já não fosse o suficiente, cada um deles me abençoou através de seus casamentos.
Sou grato pelos meus netos que nos lembram do milagre da vida e da benção da felicidade, ao rirem e traçarem seus caminhos pela vida.
Sou grato pela translocação cromossômica que tenho, que dificultou nossa possibilidade de ter filhos e tornou cada criança mais querida. Sou grato pelas dúzias de abortos que a Nancy e eu tivemos, e pela maneira como o Pai transformou a decepção em fé. Agora, confio Nele mais do que nunca.
Sou grato por aqueles que ofendi e me perdoaram.
Sou grato por aqueles que não me perdoaram. Eles me ensinaram sobre as consequências reais de meus atos impensados e descuidados.
Sou grato aos alunos e amigos que olharam além dos meus ensinamentos imperfeitos para minhas crenças sinceras. Eles são como crianças impacientes que continuam a amar o seu cachorro apesar da baba, dos móveis mastigados e arranhados, das pulgas e de uma cauda rebelde e enérgica.
Sou grato pelo câncer que tirou parte de mim, mas ensinou a ser mais grato pelo que ficou.
Sou grato por envelhecer. Continuo a perder algumas habilidades, mas continuo a me admirar com aquelas que permanecem.
Sou grato pelos profetas, líderes e professores que apontaram as luzes para a Cidade de Deus – pessoas como Néfi, o Bispo Brown, Alma, Howard W. Hunter, a tia Ruth, Neal A. Maxwell, Jeffrey R. Holland, Gordon B. Hinckley, Grant Jacobsen, Dennis Wildman… São muitos para que eu possa nomeá-los.
Sou grato por escritores sábios e perceptivos que abriram suas mentes e corações para que pudéssemos ser abençoados através de seus estudos, descobertas e conhecimento
Me regozijo no Senhor Jesus Cristo que não somente tornou possível o Grande Plano de Redenção, mas também guia a minha vida e vive para abençoar a todos nós. A vida está repleta de Sua bondade. Ele é a luz e a vida do mundo.
Agradeço ao Pai por um plano perfeito e por Seu amor eterno.
Agora é a sua vez. Tente e veja.
Busque em sua história por gratidão e verá que é possível encontrar doces alegrias.
Fonte: Meridian Magazine