Escolhemos nossos pais, irmãos e cônjuge e filhos antes de nascermos?
A vida pré-mortal é a vida que tivemos antes de nascermos nesta Terra. Em “Família: Proclamação ao Mundo” aprendemos que:
“NA ESFERA PRÉ-MORTAL, os filhos e filhas que foram gerados em espírito conheciam e adoravam a Deus como seu Pai Eterno e aceitaram Seu plano, segundo o qual Seus filhos poderiam obter um corpo físico e adquirir experiência terrena a fim de progredirem rumo à perfeição, terminando por alcançar seu destino divino como herdeiros da vida eterna”
Não lembramos de nossa vida pré-mortal pela simples razão de que precisamos viver pela fé, ser testados e ganhar o direito de voltar a presença de Deus, mas com um corpo perfeito e glorificado, tendo sido santificados pelo poder de Jesus Cristo.
Um véu do esquecimento cobre nossa memória da vida anterior. Entretanto, muitas escrituras ensinam sobre a vida pré-terrena. Sabemos que vivíamos com Deus, que recebemos nossas primeiras lições lá em preparação para esta vida (D&C 138:56), que defendemos o Plano de Deus e escolhemos Jesus Cristo (D&C 93:7, 21; Abraão 3:24–28), que Lúcifer foi expulso com seus seguidores e vencemos a batalha nos céus (Apocalipse 12:4, 7-11; D&C 29:36-37), que foram escolhidos para se tornarem líderes e profetas nesta Terra (Jeremias 1:5, Alma 13:3), que nos regozijamos com a criação deste planeta (Jó 38:7), etc.
Entretanto, alguns pessoas especulam se não tivemos a oportunidade de escolher nossos pais e irmãos aqui na Terra. Realmente não sabemos tudo sobre a vida pré-mortal, devido ao véu do esquecimento. Mas temos algumas escrituras e citações para considerar.
Escolhemos na vida pré-mortal nossos familiares na Terra?
Não e sim.
Não escolhemos as circunstâncias de nosso nascimento e vida mortal. Confiamos no Plano e Sabedoria de Deus para nos designar para um tempo e local mais apropriado para nosso teste mortal (Atos 17:26, D&C 138:55-56, Alma 13:3-4). Ele considerou onde progrediríamos mais – e também onde poderíamos ajudar outros a alcançar a salvação. É razoável pensar que Ele levou em conta nossas habilidades e retidão da vida pré-mortal. Ele era Deus, nós não. Ele sabia o que era melhor, e confiamos Nele.
Em Abraão 3 aprendemos que Deus é que reuniu seus filhos e os designou, após constatar a retidão deles (Abraão 3:22-23)
Devemos lembrar que tínhamos o arbítrio lá e fazíamos escolhas. Sendo assim, sim! escolhemos aceitar o Plano de Deus – e as designações Dele para nós. Neste sentido, escolhemos nossos pais, irmãos e até esposa (ou marido) e filhos. Escolhemos do mesmo modo como escolhemos aceitar uma designação de um líder na Igreja hoje, guardada as devidas proporções.
Em alguns casos talvez?
Talvez em alguns casos pré-ordenações específicas quanto à família tenham sido dadas. Por exemplo, Adão e Eva certamente foram pré-ordenados a serem o primeiro casal da raça humana. Sabemos que devido ao convênio feito com Deus, Abraão recebeu a promessa que sua posteridade seria abençoada. Então, vários dos filhos de Deus tiveram a bênção de nascer na linhagem de Abraão. Evidentemente, Deus ama todos os seus filhos e os que não estão na linhagem do convênio podem ser “adotados” a família do pai da fé.
Sobre esse tema o Presidente Joseph Fielding Smith disse:
“Não temos razão escriturística (…) para crença de que tivemos o privilégio de escolher nossos pais e nossos companheiros desta vida no mundo espiritual [pré-mortal]. Essa crença tem sido defendida por alguns, e é possível que em alguns casos isso seja verdade, mas seria necessário um grande esforço da imaginação para acreditar que seja assim com todos, ou mesmo na maioria dos casos. Muito provavelmente chegamos onde estamos devido a autoridade dos que decidiram nos enviar. Nosso arbítrio pode não ter sido exercido ao ponto de escolher nossos pais e posteridade.” (Joseph Fielding Smith, Caminho da Perfeição, pp. 44-45.)
Escolhi meu cônjuge antes de nascer?
Não. O Presidente Spencer W. Kimball desmistificou isso. Ele disse:
“O conceito de “almas gêmeas” são ficção e uma ilusão; e embora todo rapaz e toda moça busque com total diligência e espírito de oração o cônjuge com o qual a vida será a mais compatível e bela possível, é certo que quase todo bom homem e boa mulher podem ter felicidade e um casamento bem-sucedido se ambos estiverem dispostos a pagar o preço.” (“Um casamento honrado, feliz e bem-sucedido“, Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Specer W. Kimball).
O Élder Dieter F. Uchtdorf também ensinou:
“Sei que isso pode ser uma decepção para alguns de vocês, mas não acredito que haja somente uma pessoa ideal para vocês. Acho que me apaixonei por minha esposa, Harriet, desde a primeira vez que a vi. Mesmo assim, se ela tivesse decidido se casar com outro, acredito que eu teria conhecido outra pessoa e me apaixonado por ela. Sinto-me eternamente grato por isso não ter acontecido, mas não creio que ela fosse minha única chance de felicidade nesta vida, nem eu tampouco para ela.” (Devocional do SEI, “O Reflexo na Água”, Presidente Dieter F. Uchtdorf)
Escolher hoje
Mesmo que não saibamos se escolhemos nossa família na vida pré-mortal, podemos ter certeza que escolhemos os Plano das Famílias. O Plano de Deus determina que as famílias podem ser eternas. Assim, por meio de Jesus Cristo e dos sagrados convênios do Templo, as Famílias podem ser unidas pra sempre. Então podemos escolher nossos pais, cônjuge e filhos para eternidade. E o tempo para fazer esta escolha abençoada se chama “hoje”!
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