Eric Clapton, o Plano de Salvação e encontrar consolo ao perder alguém
Nem todo mundo sabe, mas eu adoro tocar violão. É algo que me ajuda bastante a relaxar, e é claro, também me ajuda a aprender mais sobre música.
Esses dias, comecei a aprender a tocar a música “Tears in Heaven”, do Eric Clapton. Um clássico dos anos 1990. Acredito que a maioria das pessoas já ouviram essa música pelo menos uma vez na vida.
Essa canção ficou bem conhecida pela parte do violão, bem no comecinho, e também virou essencial entre o pessoal que começa a aprender a tocar violão. Se você ainda não ouviu, você pode escutar a música aqui.
Eric Clapton escreveu “Tears in Heaven” juntamente com Will Jennings (o rapaz que compôs a letra da música tema de Titanic), e a letra fala sobre a dor e o sofrimento que Clapton sentiu depois que seu filho faleceu em um acidente. O menino de apenas 4 anos de idade caiu da janela do 53º andar do prédio de um amigo de sua mãe.
Em meio à tanta tristeza, Clapton ficou isolado por um tempo, e quando voltou a compor decidiu escrever uma canção para seu amado filho. E assim surgiu “Tears in Heaven”.
Enquanto eu tentava aprender a tocar, eu estava cantando a letra e foi só aí que percebi o que Eric Clapton estava dizendo em sua música.
“Would you know my name, if I saw you in heaven?” (Você saberia meu nome, se eu te visse no céu?”
“Would it be the same, if I saw you in heaven?” (Seria a mesma coisa, se eu te visse no céu?)
Gostaria de um dia encontrar Eric Clapton – não só porque eu acho que ele é um artista muito talentoso – mas para compartilhar com ele as respostas das perguntas que ele fez nessa música.
É possível, que muitas outras pessoas tenham se perguntado a mesma coisa depois de perder alguém que ama muito. Será que a gente reconheceria a pessoa querida quando nos encontrássemos no céu? Será que seria a mesma coisa? E não ter as respostas para essas perguntas pode desolar muitos corações.
São nesses momentos que eu penso como Alma, o filho, em falar com uma voz que todos possam ouvir (Alma 29:1-2) que existe um Plano de Salvação e que a morte não é o fim de tudo.
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Mesmo que a gente saiba que a morte física faça parte do Plano de Deus e é uma parte natural da vida, não é a situação mais fácil de superar. É difícil entender por que aconteceu naquele momento em específico, por que foi daquele jeito, ou mesmo o que vamos fazer de nossas vidas sem aquela pessoa tão querida.
Mas ter conhecimento do que vem depois da morte e das coisas que Deus tem preparado para nós pode confortar nossos corações e ajudar a diminuir a dor de perder alguém que amamos.
Há 7 anos, perdi meu pai para um câncer de fígado.
Os meses que ele passou internado, o sofrimento que veio com a doença, e também os momentos que vieram logo após a sua partida foram uma das épocas mais difíceis da minha vida. Eu sentia que não tinha chão.
Meu pai sempre foi a minha maior fonte de conhecimento, alguém que sempre tinha certeza das coisas – às vezes era até meio teimoso, rs – mas era alguém que sempre sabia o que fazer e que sempre tinha conselhos sobre o que seus filhos deveriam fazer. Ficar sem seus conselhos me desestabilizou.
Eu já era membro da Igreja na época, mas mesmo assim foi difícil.
Mas, Deus é mesmo nosso Pai Celestial! Ele me enviou muitos anjos (visíveis e invisíveis) para me fortalecer e enviou também o Espírito Santo para me consolar e me ajudar a lembrar que um dia poderemos estar novamente com nossos familiares.
O Presidente Russell M. Nelson ensinou:
“Os laços afetivos ultrapassarão as portas da morte e do julgamento. Os vínculos familiares permanecerão, por causa dos selamentos realizados no templo. A importância desses selamentos não pode ser exagerada.”
São por meio das promessas e das ordenanças que fazemos no templo, a casa do Senhor, que podemos voltar a viver em família um dia. Que plano maravilhoso!
Então se eu pudesse responder algo para o Eric Clapton sobre essa difícil experiência que ele viveu, eu responderia que sim! “Seu filho reconheceria você quando se encontrarem nos céus! As coisas seriam um pouquinho diferentes, mas o amor que ele sente por você e o amor que você sente por ele não mudarão. Vocês continuariam sendo pai e filho. Para sempre.”
Tudo isso por meio do evangelho restaurado de Jesus Cristo, por causa do poder de Deus na Terra, pelas ordenanças de salvação e principalmente, por causa de Jesus Cristo.
O Élder Dieter F. Uchtdorf, do Quórum dos Doze, maravilhosamente disse:
“Quanto mais aprendemos sobre o evangelho de Jesus Cristo, mais nos damos conta de que os finais aqui da mortalidade não são finais, de modo algum. São meras interrupções — pausas temporárias que um dia parecerão pequenas, em comparação com a alegria eterna reservada para os fiéis.
Sou imensamente grato a meu Pai Celestial porque em Seu plano não há finais verdadeiros, apenas inícios eternos.”
Se quiser saber mais sobre como ter acesso à essas bênçãos, ou se quiser conversar com alguém sobre o Plano de Salvação, clique aqui .