Como ter um diário pessoal me ajudou a escrever livros
“Cada pessoa deve manter um diário e cada pessoa pode manter um diário”. Muitos dos líderes da nossa Igreja testemunharam as bênçãos de manter um diário e nos encorajaram a ter nossos próprios”. (Presidente Spencer W.Kimball)
Dia 18 de Agosto de 2018, foi o lançamento do meu segundo livro – rePENSE. Em 2016, publiquei o primeiro – Eu Construtor de Mim. A verdade, é que eu sempre gostei de escrever. Aos 10 anos, eu ganhei meu primeiro reconhecimento por algo que escrevi, era a redação do PROERD. Aos 17 ganhei um concurso de crônicas na escola onde estudava e naquele mesmo ano, fiquei em 3º lugar do estado de Minas Gerais, no concurso Jovem Senador do Senado Federal.
Uso as redes sociais para escrever sobre minhas crenças e sobre coisas corriqueiras também. Além disso, escrevo frequentemente para o mormonsud.net – falo sobre o Evangelho de modo geral e em como ele está relacionado com nossas vidas. Mas há um lugar mais especial, onde posso sempre relatar nos mínimos detalhes o que me acontece e esse lugar, são meus diários. Sim, você leu certo- diários! Parece estranho alguém, em pleno século XXI, era digital, usar diários! Mas eu uso. E ah, são cadernos mesmo e escritos à mão. Nada de aplicativos! (Não uso nem aplicativos para ler as escrituras rsrsrs)
Mas gostaria de compartilhar porque eu mantenho um diário e como isso ajudou me ajudou a escrever livros.
Meu encontro com os missionários
Bem, vou começar do inicio. Em 2012, quando eu estava tendo meu primeiro contato com os missionários da Igreja, eu era muito religiosa e tinha bastante fé nas coisas de minha antiga religião. Meu objetivo era escrever e colher o máximo de detalhes possíveis, a respeito das escrituras e da história da igreja, para deixar os missionários sem respostas.
Com esse pensamento em mente, eu comecei a escrever perguntas e dar respostas para àquelas perguntas, de acordo com o que dizia minha antiga religião e então, quando eu encontrasse os missionários, eu os deixaria perdidos. Meu plano fracassou todas vezes, mas pelo menos, iniciei o hábito de manter um diário. Ainda tenho aquele diário, com as perguntas que eu fazia, com as respostas que eu mesma dava e com as respostas que posteriormente os missionários me deram. É ótimo relembrar isso!
Depois desse episódio, o número de diários só aumentou. Em média, escrevo em um caderno de 96 folhas por ano, o que dá exatamente 7 cadernos até o momento. Nesses diários, há todo o meu progresso. Costumo dizer que narrei meu caminho rumo à luz. E acho que é isso – narrar. Os diários narram minha história, é literalmente minha autobiografia. Os diários mostram-me o quanto progredi até aqui e o quanto aprendi. Mostram-me que preciso muito do poder redentor da Expiação e que careço de Jesus em cada momento da minha vida.
Escrever um diário mostra-nos o quão imperfeito já fomos e que longe da perfeição estamos, no entanto, continuamos a tentar. Quando leio aquele primeiro diário, quando ainda não era um membro da Igreja, noto minha falta de sabedoria e minha ignorância. Algumas das ideias que mais refutava era a realidade de apóstolos e essa, se tornou a crença que mais amo. Eu amo dizer que o Senhor ainda chama apóstolos!
Ser um aprendiz
E como tudo isso se relaciona a livros? Ao escrever meu diário, sempre procuro mencionar o que aprendi com algo que me aconteceu ou o que estou aprendendo naquele momento. E essa posição de aprendiz, fez com que eu desejasse compartilhar o que um dia aprendi.
Os livros que escrevi, não são cheios de sabedoria ou grandes tesouros, mas são resultados do meu aprendizado contínuo que sei que serão úteis para as outras pessoas também. Hoje, quando cheguei no trabalho, tinha uma frase do meu segundo livro, escrita no quadro… Isso encheu-me de gratidão pelo privilégio e pela oportunidade de compartilhar.
As escrituras são diários antigos
As escrituras são diários antigos, já pensou dessa forma? E se Lucas não tivesse escrito? Se Paulo não narrasse suas viagens? Se Leí não começasse um registro? O que teríamos hoje?
Obviamente, há uma grande diferença entre meus simples livros e as escrituras sagradas. Não me entendam mal, não estou comparando-os. No entanto, o que quero dizer é que em menor ou maior grau, eles têm o mesmo objetivo: compartilhar, ensinar e instruir.
Talvez se eu não tivesse tido a ideia inusitada de deixar os missionários confusos, eu nunca teria começado um diário e talvez, a ideia de compartilhar experiências, não seria tão forte, consequentemente não teria publicado um livro. Viu como uma coisa puxa a outra?
Os diários são minhas heranças aos filhos, netos e toda minha posteridade que virá. Um dia, eles saberão que sua ancestral conheceu o Evangelho em uma pacata cidade do interior de Minas Gerais, no Brasil e prosseguiu firme. Mais importante que escrever todos os dias, é escrever com assiduidade. O nome é diário, mas não se apegue ao conceito de que deve escrever todos os dias. Comece hoje e verá em algum tempo, como sua decisão foi importante.
Antes de encerrar, sugiro a leitura desse artigo 5 Razões Pelas Quais Você Deve Manter um Diário Pessoal e então verá que motivos não faltam para que você mantenha um diário pessoal.
The post Como ter um diário pessoal me ajudou a escrever livros appeared first on Mormonsud.net.