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Casar fora do Convênio – o que as escrituras dizem a respeito

O primeiro casamento de todos foi o de Adão e Eva. Ele foi realizado pelo próprio Senhor e era para eternidade.

A Pérola de Grande Valor ensina que os filhos e filhas de Adão começaram a se dividir de dois em dois e a casarem-se (Moisés 5:3). Eles também cumpriam o mandamento de crescer e multiplicar.

Entretanto, na época de Noé havia muita iniquidade. E os casamentos realizados eram sem autoridade (Mateus 24:38). Muitos dos justos – chamados “filhos de Deus” casavam-se com as “filhas dos homens”. Esses casamentos indevidos intensificaram as iniquidades (Moisés 8:13-15)

Deus renovou a Terra com o dilúvio e Noé e seus filhos repovoaram a Terra. O Senhor tinha uma preocupação real com os casamentos. Afinal Deus enviaria seus filhos espirituais para mortalidade – e desejava lares santos – onde o marido e a esposa se amavam e criariam os filhos em luz e verdade. É por isso que quando Isaque estava beirando os 40 anos, Abraão enviou seu servo mais confiável para encontrar uma pretendente digna e fiel ao evangelho. Ele teve sucesso e Rebeca e Isaque se casaram.

Quando Israel foi liberta do cativeiro, o Senhor revelou a Moisés a seguinte lei:

“Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos;
Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria.”
(Deuteronômio 7:3,4)

Em outras palavras os Israelitas só deviam casar com pessoas dentro do convênio – que viviam e acreditavam na lei de Jeová.

O fato é que esse era um dos mandamentos que eles mais gostavam de quebrar – e houve muitos que casaram-se ora do convênio, misturando-se com outros povos.

Salomão caiu exatamente porque casou-se com vários mulheres que não eram do convênio. Elas foram uma das razões pelas quais o rei e o povo de Deus se desviaram.

Leí recebeu ordem de não partir para Terra Prometida sem buscar as filhas de Ismael – que se tornaram esposas para seus filhos. Quando Néfi e os irmãos casaram a escritura diz que Leí cumpriu todos os mandamentos (1 Néfi 16:8). De fato, o último e mais importante dos mandamentos é casar-se para toda eternidade com a pessoa certa, no local certo e pela autoridade correta.

Mas casamentos fora do convênio às vezes eram aprovados por Deus. Veja que Rute, uma moabita, casou-se com um Israelita. após ficar viúva, o Senhor a guiou até o justo Boaz – e ela contraiu novas núpcias. É evidente que ela se converteu a verdadeira fé antes de casar-se com Boaz.

Também é interessante ver o caso de Ester, que foi preordenada para salvar seu povo aflito. Como ela salvou seu povo? Ela se tornou esposa de um homem que não era do convênio – o rei Assuero.

Agora chegamos a escritura que quero comentar. A do apóstolo Paulo em 2 Coríntios 6:

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” (2 Coríntios 6:14,15)

Aqui Paulo diz expressamente que os santos não devem casar com pessoas que não sejam de sua fé. E eu quero traçar alguns comentários sobre isso.

Primeiro: Paulo sabe que casar-se com alguém que não tem a mesma base religiosa – a mesma fé – é prender-se a um “julgo desigual”. O sofrimento e as dificuldades podem ser bem maiores. Os filhos podem crescer aflitos e confusos.

Evidentemente Paulo não estava dizendo que todas as pessoas que não seguiam sua fé eram ruins, ou que não poderiam se converter antes ou após o casamento. Na verdade, ele até fala expressamente em outra parte das escrituras o seguinte:

“Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.” (1 Coríntios 7:14)

Assim, por mais que seja difícil um casamento em que um dos cônjuges não é membro da Igreja, é possivel que o casal acabe crescendo – e o incrédulo acabe encontrando a fé. Contudo, o conselho do Senhor permanece vivo: devemos procurar casar com alguém que seja digno e capaz de se selar no Templo para toda eternidade.

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