“A economia do Senhor”: Como o Senhor honra aqueles que os honram
Tenho um grande amigo, Brian Andre, que gosta de falar sobre a economia do Senhor. Ele diz que a economia do Senhor é muito diferente da economia do mundo.
Na economia do Senhor nove e maior que dez, seis é maior que sete e quanto mais você dá ao próximo, mais você recebe.
Sei que parece um pouco maluco, mas provavelmente não existe um membro da Igreja que não passou pelo fenômeno de pagar o dízimo e perceber que podem fazer muito mais com os 90% restantes do que fariam com o valor total que recebem.
Não sou economista, mas parece que todo mundo tem uma “história milagrosa sobre o dízimo”.
O mesmo acontece com guardar o dia do Senhor. Aqueles que dedicam um dia dentre sete para o Senhor, tem uma experiência similar a pagar o dízimo.
Parece que Deus derrama bênçãos sobre aqueles que O honram no Dia do Senhor. Tenho visto esse princípio aplicado em coisas simples como quando uma casa é colocada à venda.
Cresci em uma família onde o Dia do Senhor é estritamente guardado. Quando a casa era colocada à venda, meus pais não permitiam que a casa fosse aberta para visitas no domingo. Eles também não aceitavam qualquer oferta que fosse feita no Dia do Senhor.
Então, quando chegou a hora de meu esposo e eu vendermos nossa casa, presumi automaticamente que faríamos da mesma maneira.
A agente imobiliária responsável por nossa casa ficou horrorizada. “Vocês nunca venderão sua casa se não permitirem visitas aos domingos”, ela insistiu.
“No ramo imobiliário, o domingo é o melhor dia para novos compradores fazerem visitas. Também é o dia que a maioria das ofertas são feitas e aceitas.”
“Além disso”, ela disse, “esse é um mercado bem difícil. Você terão sorte se conseguirem vender essa casa.”
Eu afirmei que daria certo, apesar de quase admitir que por dentro eu estava começando a entrar em pânico. Mas seguimos o nosso plano. Não abrimos para visitas aos domingos e também não recebemos ofertas.
Vendemos nossa casa no último dia do contrato dela e conseguimos o preço que havíamos pedido. Ela ficou pasma, e disse que foi a única casa que havia vendido nos últimos seis meses, que havia recebido uma oferta sobre o preço pedido.
Este mesmo milagre aconteceu três anos depois quando tivemos que vender nossa casa em Washington DC, alguns meses depois a queda nas vendas de casas no mercado.
Desta vez a nossa agente era bem menos compreensiva e constantemente nos ligava com um “comprador de emergência” que só tinha um dia para ver casas e estava interessado na nossa.
Mas seguimos o nosso plano. Ela quase desistiu de nos ter como clientes, mas prometi a ela que o Senhor não nos decepcionaria.
Ela franziu a testa, juntou os papéis irritada! E disse: “Bom, vamos ver, não é? Eu acho que vocês vão voltar atrás.”
Uma semana depois, uma casa a duas casas de distância da nossa foi vendida por 100 mil dólares a menos do que eles haviam comprado. Eu morri de medo.
Mas então, do nada, recebemos uma oferta. Vendemos a casa pelo preço que pedimos, depois de somente alguns meses no mercado, por uma quantia substancialmente maior do que havíamos pago.
Ao assinar os papeis, nossa agente disse com um sorriso, “Você me fizeram acreditar!”
Em meu trabalho na Índia, vi repetidas vezes como inexplicavelmente aqueles que mais doam parecem prosperar mais.
A maioria das pessoas pensam que é o contrário, mas um estudo interessante foi realizado pela Harvard, onde os pesquisadores “coletaram dados de 30 mil famílias americanas de 41 comunidades e fizeram uma análise das doações e de caridade das pessoas”.
Normalmente pensamos em doar para causas beneficentes depois de ganharmos dinheiro o suficiente. Mas isso foi o que os pesquisadores descobriram:
“Digamos que você tenha duas famílias idênticas, na mesma religião, da mesma raça, com o mesmo número de filhos, na mesma cidade, no mesmo nível de educação – tudo é igual, exceto que uma família doa 100 dólares a mais para caridade do que a segunda família. Então, a família doadora ganhará em média 375 dólares a mais em renda do que a segunda família – e isso é estatisticamente atribuível a doação.” (Arthur C. Brooks, Why Giving Matters (Por que doar é importante), discurso na BYU em fevereiro, 2009.)
A única maneira de realmente explicar tal fenômeno é entrar na ideia do meus amigo sobre “A economia do Senhor”.
Há dezoito meses, nossa Diretora de Desenvolvimento da Rising Star Outreach, Shalay, apresentou os resultados de todas as suas pesquisas sobre como criar uma primeira festa de gala de sucesso.
Ela leu muito e conversou com várias organizações sem fins lucrativos em Utah, para procurar conselhos. Veja bem, a Rising Star Outreach nunca fez uma festa de gala. Fizemos um torneio anual de golfe, eventos especiais, mas nunca uma festa de gala.
Mas ela estava animada. Após sua pesquisa, ela sentiu que definitivamente poderíamos organizar uma festa de sucesso pela primeira vez.
Suas fontes disseram que em termos de expectativas, em Utah se você conseguisse 100 mil em uma festa de gala pela primeira vez, seria fantástico.
De maneira típica, Shalay anunciou: “Então, imaginei que deveríamos definir nossa meta para 150 mil!” Parecia uma meta assustadora, se não impossível.
Em seguida, a conversa se voltou para a questão de servir ou não álcool na festa. As outras instituições de caridade que ela contatou disseram que deveríamos servir álcool por várias razões.
Primeiro, agora Utah tem menos de 50% mórmon. Segundo, quase todas as outras instituições de caridade ofereciam. Terceiro as pessoas esperavam que houvesse álcool em festas daquele tipo. E quarto, quando as pessoas tomavam dois ou três drinques, ficavam muito mais generosas, o que tornava os leilões mais produtivos.
Todos pareciam concordar com Shalay. Eu era a única que não. Todas as razões faziam sentido, mas me senti muito desconfortável com a decisão. Expressei minhas dúvidas. E acho que ninguém se convenceu.
Então, relembrei a todos que a Rising Star só havia chegado tão longe por causa das grandes bênçãos de Deus. Todos nós havíamos testemunhado milagres inegáveis.
Como poderíamos ousar ofender a Deus que nos abençoou tanto, ao escolher ignorar Seus ensinamentos da Palavra de Sabedoria?
Eu disse ao comitê que se eu tinha aprendido alguma coisa nos últimos 18 anos, era que o Senhor honrava aqueles que O honravam. Eu realmente não me importava de perder dinheiro para manter o padrão do Senhor.
O que realmente não queria perder eram as bênçãos do Senhor. Não foi preciso muito para convencer o comitê. A decisão mudou para outra direção. Chegamos a um acordo que preferimos fazer um pouco menos, e honrar a Deus um pouco mais.
Ao nos prepararmos para a festa de gala pelos próximos 18 meses, sempre que o assunto ‘álcool’ surgia, explicávamos os nossos sentimentos para todos os que questionavam.
As pessoas não insistiam muito. Acredito que a opinião geral era que simplesmente éramos “ruins de negócio”. A festa aconteceu a duas semanas atrás. E o que aconteceu aquela noite é quase inexplicável.
Fizemos 2 milhões de dólares! Até mesmo o leiloeiro profissional que trouxemos da Califórnia ficou espantado. Ao sair do palco, ele exclamou para mim, “Aquilo foi épico!!! Nunca vi nada igual!” E foi mesmo.
O dinheiro só importa para o que podemos fazer. Recebemos 1 milhão de um doador anônimo para ser usado somente para vacinas contra lepra.
Isto permitirá que vacinemos mais de 100 mil pessoas. Inacreditável! Mais tarde, ele disse que não planejava fazer doações aquela noite, mas durante o evento, ele se sentiu inspirado pelo Espírito para fazer a doação.
Me pergunto se ele teria sido inspirado se houvesse álcool sendo distribuído na festa? Talvez.
Amo o fato do Senhor não ser específico com a maioria de Seus mandamentos, nós apresentando cada detalhe. Ele nos deixa trabalhar por meio do Espírito.
Sempre nós encontramos em diferentes estágios na observância do Dia do Senhor, do serviço, da honestidade, da fofoca, da modéstia, da generosidade e muitos outros princípios ao nos esforçarmos para nos aproximarmos do Senhor.
Acredito que o Senhor aceita cada esforço para tentar obedecer às Suas leis em qualquer estágio em que nos encontrarmos.
Sei que pessoalmente há momentos que estou melhor em alguns aspectos. O amor Dele por cada um de nós é constante.
Vivemos em uma época onde parece haver um espírito de compromisso quando se trata de guardar os mandamentos.
No extremo oposto, às vezes queremos entender porque sentimos que o Senhor deixa um “espaço em branco”. Que bobagem! O Senhor não deixa espaços em branco.
Ele sabe que as nossas vidas são diferentes e que estamos em diferentes circunstâncias. Portanto, Ele simplesmente nos ensina princípios e deixa para que possamos interpretá-los.
Acredito que o grande Deus que nos ensinou a buscar pelo Espírito, também permitirá que cada um de nós saiba que precisamos pessoalmente nos aproximar Dele.
Quando nos esforçarmos para nos tornamos mais como Ele, e muitas vezes errarmos, podemos contar com o Senhor para honrar aqueles que O honram.
Fonte: Meridian Magazine
Como reconhecer melhor a revelação que o Senhor já está nos dando?