4 mitos e verdades sobre o casamento no templo
Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias acreditam que o casamento entre um homem e uma mulher é uma parte vital do plano de Deus para Seus filhos, e que as famílias são a base da sociedade e da Igreja.
O Senhor mostrou o meio para que os relacionamentos familiares possam durar para sempre. Os laços eternos de uma família começam com o casamento no templo do Senhor — que são edifícios dedicados à Deus para a realização de ordenanças sagradas, como o casamento. Os casamentos no templo são chamados de selamentos.
Esta ordenança sagrada é de extrema importância para os membros da Igreja, e podemos ver alguns mitos e verdades sobre os selamentos:
1 – As pessoas são proibidas de assistir ao casamento no templo – MITO
Acreditamos que os templos são a casa do Senhor e, por isso, é necessária uma preparação para entrar no templo. Somente membros da Igreja autorizados podem entrar e participar das ordenanças, incluindo o selamento. Sendo assim, é permitido assistir ao selamento, desde que o convidado seja membro da Igreja e realize uma entrevista prévia para receber a autorização – ou o que chamamos de ‘Recomendação para entrar no templo’. As demais pessoas que não possuem essa autorização podem visitar os jardins do templo e a recepção do mesmo.
2 – Os casamentos são realizados para durarem eternamente – VERDADE
O templo é o único lugar na Terra em que é possível realizar casamentos eternos. Lá os casais ajoelham-se em um dos altares sagrados, fazem seus convênios de casamento diante de Deus e são declarados marido e mulher para esta vida e para a eternidade. Isso é feito por alguém que possua o santo sacerdócio de Deus e que tenha recebido autoridade para realizar essa ordenança sagrada.
Não há restrição para que um membro da Igreja de Cristo case com pessoas que não sigam a mesma religião. No entanto, para se casar no templo, para toda a eternidade, é necessário que o marido e a esposa sejam membros fiéis da Igreja, devido à natureza sagrada desses edifícios e das ordenanças lá realizadas.
Além disso, se o casal já se casou anteriormente numa cerimônia civil, pode ser que desejem então ser selados para a eternidade e, se tiverem filhos, selar seus filhos num relacionamento eterno. Se estiverem qualificados para isso, poderão ter o grande privilégio de receber essa bênção.
3 – As ordenanças do templo possuem simbologia – VERDADE
Jesus Cristo, ao ensinar Seus discípulos, falava constantemente em parábolas, uma forma verbal de representar simbolicamente coisas que, de outra maneira, poderiam ser difíceis de entender. No templo não é diferente.
O Élder John A. Widtsoe, ensinou:
“Vivemos num mundo de símbolos. Nada conhecemos a não ser símbolos. Fazemos alguns sinais numa folha de papel e dizemos que formam uma palavra, que significa amor, ódio, caridade ou Deus ou eternidade. Os sinais talvez não sejam belos de se ver. Ninguém acha defeito nos símbolos encontrados nas páginas de um livro por não serem tão esplêndidos em sua beleza intrínseca quanto as coisas que eles representam. Não implicamos com o símbolo D-e-u-s por não ser muito belo, contudo, ele representa a majestade de Deus. Contentamo-nos com os símbolos, se apenas tirarmos deles o significado neles contidos. (…)
Nenhum homem ou mulher pode sair do templo investido adequadamente, a menos que tenha contemplado, além do símbolo, as esplêndidas verdades que os símbolos representam.” (“Temple Worship”, p. 62.)
4 – Não é preciso se preparar para o casamento no templo – MITO
A preparação é essencial para entrarmos no templo, sendo um convidado para assistir ao selamento, como para os próprios noivos, Além da preparação espiritual, precisamos chegar com antecedência, vestir roupas adequadas e recatadas, pois todas as ordenanças feitas no templo são extremamente sagradas.
Assim, o casamento eterno somente é realizado no templo, por meio de um portador do sacerdócio autorizado, após a preparação do casal, com convidados especiais, sendo bem diferente dos casamentos realizados em outros edifícios. O Presidente Spencer W. Kimball ensinou:
“O casamento talvez seja a mais vital de todas as decisões e que tem efeitos de maior alcance, pois não diz respeito apenas a nossa felicidade imediata, mas também a alegrias eternas. Afeta não só as duas pessoas envolvidas, mas também sua família e principalmente seus filhos e os filhos de seus filhos por várias gerações. Na escolha do companheiro para a vida e a eternidade, deve certamente haver planejamento cuidadoso, reflexão, oração e jejum, a fim de que, entre todas as decisões, essa não seja errada” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kimball, 2006, pp. 215–216).
E ainda, o Élder F. Burton Howard disse:
“Se você quer que alguma coisa dure para sempre, deve tratá-la de modo diferente. Você a defende e a protege. Você nunca abusa dela. Você não a expõe aos elementos. Você não a torna comum ou trivial. Caso ela venha a ficar oxidada, você amorosamente dá polimento a ela até que resplandeça como nova. Ela torna-se especial porque você a fez especial, e a sua beleza e preciosidade aumentam com o passar do tempo. O casamento eterno é exatamente assim. Precisamos tratá-lo exatamente dessa forma.”
Logo, mais importante do que a preparação para a festa de casamento, é a preparação para o selamento pois seus efeitos são eternos.