4 maneiras de evitar relacionamentos negativos e abusivos

“Dentro de um relacionamento, eu não deixaria você passar nem cinco minutos com alguém que te diminui, que constantemente te critica, que é cruel às suas custas e ainda acha engraçado.

A vida já é dura o bastante sem que a pessoas que supostamente te amam, agredindo a sua autoestima, seu senso de dignidade, sua confiança e suas alegria.  Quando estamos sob os cuidados de alguém, nós merecemos nos sentir física e emocionalmente seguros” – “Como eu te amo?” Élder Jeffrey R. Holland, New Era, Outubro 2003.

Em meu trabalho como terapeuta e especialista em relacionamentos, o pensamento mais recorrente que vejo entre os adultos solteiros é que “todos os homens/mulheres bons já tem dono.” Muitos parecem estar presos a um padrão abusivo e controlador, a relacionamentos negligentes e que querem escapar desesperadamente. Outros têm escutado as histórias horríveis de seus amigos, e são muito receosos quanto a conhecer novas pessoas.

Felizmente, existem  maneiras para evitar relacionamentos negativos e desenvolver relacionamentos sadios. O Dr. John Van Epp, um terapeuta com décadas de experiência de trabalho com adultos solteiros, desenvolveu um programa de pesquisa, chamado de “Como Não se Apaixonar por um Idiota” (baseado em um livro com o mesmo nome), que também traz dicas para um bom relacionamento.

Como um instrutor certificado em aulas de “Sem Idiotas”, assim como terapeuta conjugal e familiar, e que ficou anos solteiro, eu sei que lá fora é uma selva. Me permita te falar sobre quatro chaves, do currículo e da minha própria experiência, para ajudar os solteiros, divorciados, viúvos, a vencer as dificuldades de conhecer novas pessoas com confiança:

1. Não permita que o seu nível de tato exceda o seu nível de comprometimento.
2. Não confie em alguém mais do que você o conhece.
3. Seja o tipo de pessoa que você quer atrair.
4. Viva a vida plenamente por si mesmo.

Vamos explorar um pouco mais cada um desses tópicos:

Não permita que o seu nível de tato exceda o seu nível de comprometimento.

No conhecimento popular, vemos com frequência que casais se tem intimidades físicas muito cedo; a decisão de aceitar ou não um compromisso, geralmente começa mais tarde; se é que começa. Esse tipo de relacionamento parece dar certo quando visto na TV, mas lembre-se que esses relacionamentos são fictícios, determinados por autores e roteiristas, não são reais.

O Dr. Van Epp Explica que na vida real, o relacionamento físico precoce cria um falso senso de intimidade. Em outras palavras, você pensa que está mais apaixonado do que realmente está. Isso acontece porque o contato íntimo libera um monte de hormônios que fazem você se sentir fortemente ligado a outra pessoa.

É claro que se você realmente não conhece a outra pessoa e não desenvolveu um padrão de confiabilidade pelas necessidades do outro, a sensação de “amor” na verdade é uma miragem que pode ou não se materializar. A outra pessoa pode não se dependente, ela pode não ser quem você pensa que ela é, ou pode estar mentindo para você. O rompimento de um relacionamento depois da intimidade física, é muito mais doloroso do que um onde as coisas não foram tão longe, sem falar na depreciação espiritual por violar a lei da castidade.

Não confie em alguém mais do que você o conhece.

O Dr. Van Epp descreve a confiança como uma imagem mental que você tem da pessoa; o que você pensa que ela é. Não confiamos em outras pessoas, confiamos na ideia que temos delas, que pode ou não estar correta. É por esse motivo que quando alguém trai a nossa confiança, dizemos “Você não é quem eu pensava que era!”. Antes de criarmos essa imagem, reunimos pedaço do que observamos da identidade da pessoa e o que ouvimos sobre ela. E se não somos cuidadosos, corremos para preencher as lacunas com o que esperamos ou presumimos que ela seja, baseados em informações limitadas.

Além do mais, na melhor das hipóteses essas pessoas podem tentar passar uma boa impressão, ou pior, serem ativamente enganosas. Construa amizades. Converse com frequência e o observe em várias situações. Veja se a ação combina com o que a pessoa diz ser,  não o que você pensam que ela é. Preste atenção como a pessoa trata outras pessoas. Geralmente demora pelo menos 90 dias para que os verdadeiros padrões de comportamento apareçam.

Seja o tipo de pessoa que você quer atrair.

“Pois a inteligência apega-se à inteligência; a sabedoria recebe a sabedoria; a verdade abraça a verdade; a virtude ama a virtude; a luz se apega à luz; a misericórdia se compadece da misericórdia.” – Doutrina e Convênios 88:40

Certa vez estava com um cliente em meu consultório (compartilho essa estória com a permissão dele), ele me disse que provavelmente nunca se casaria porque seus padrões eram muito altos. Quando perguntei quais eram esses padrões, ele disse que me traria uma lista que havia preparado, e ele o fez durante a próxima sessão. A lista de características da “mulher perfeita” era longa. O que fez com que a mulher dos sonhos parecesse mais e mais com um cruzamento entre a Mary Poppins e a Mulher Maravilha. Peguei a lista do meu cliente, coloquei em direção a ele e disse: “É o seguinte. A mulher que você descreve aqui, como é a lista dela?”

Parecia que eu tinha jogado um balde de água fria na cara dele. Ele percebeu que não estava vivendo os padrões que ele exigia para a sua parceira. Ele tinha que ser o tipo de pessoa que ele queria atrair, e se ele esperava que ela aceitaria e toleraria as suas imperfeições, ele estaria melhor preparado para aceitar e tolerar as dela.  Se você quer uma pessoa honesta, seja honesto. Se você quer um parceiro leal, seja leal. Se você quer alguém que trabalhe duro, trabalhe duro. Se você não quer ser pressionado dentro de um relacionamento, respeite os direitos que o outro tem de fazer escolhas próprias.

Viva a vida plenamente por si mesmo.

É normal querer alguém para cuidar e para criar memórias aqui e agora, mas a medida que o querer se torna precisar, você está propenso a se machucar. Por que? Assim que você precisa ter um homem ou mulher na sua vida agora, você está apaixonado pela ‘ideia de estar apaixonado.’ É aí que você afasta as pessoas da sua vida por causa do desespero. É nesse momento que pessoas desonestas podem usar as suas necessidades para manipular e usar vocês.

Eu vejo dessa maneira: se você não é capaz de nadar sozinho, se você está com medo de se afogar em solidão e desespero, você vai se apegar a qualquer pedaço de madeira escorregadio em meio a correnteza. A melhor maneira de combater essa situação, é construir uma vida que vale a pena ser vivida sozinho.

Você ainda pode amar sua vida ajudando ao próximo, desenvolvendo relacionamentos com seus amigos e familiares, e buscando metas que valham a pena. Isso o tornará menos desesperado, menos necessitado, mais atraente e capaz de nadar sozinho. Dessa maneira, se você terminar com alguém, será porque você escolheu estar com aquela pessoa, e não porque você precisa de alguém naquele momento ou perderá o controle.

Fonte: LDSLiving

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