Como será o céu se os membros de nossa família não estiverem conosco?
Pergunta
Como será o céu se os membros de nossa família não estiverem conosco? Estou ponderando sobre esta pergunta há algum tempo.
Encontrei algumas respostas em palavras como as do Élder Ezra Taft Benson citadas pelo Élder Eyring durante a conferência geral de abril de 2019:
“Você está se preocupando com o problema errado. Simplesmente viva de modo a ser digno do reino celestial, e sua situação familiar será mais maravilhosa do que pode imaginar”.
Mas eu gostaria de uma resposta mais profunda, como doutrina, pensamento e coisas que você já ouviu de nossos líderes da Igreja. Obrigado.
Resposta
Entendo perfeitamente o motivo de sua pergunta e entendo por que a resposta do Élder Eyring não é completamente satisfatória.
Entretanto, o Élder Eyring responde à pergunta de acordo com o conhecimento que recebemos sobre a vida após a morte.
Qualquer resposta além da citação dele é especulação e sentimentos pessoais. Não existe nenhuma doutrina ou escritura, que possamos ler, que responda à sua pergunta de acordo com a profundidade que realmente gostaríamos.
Em meus estudos das escrituras, há apenas um versículo de escritura que nós fornece um maior esclarecimentos sobre o assunto e se encontra em Doutrina e Convênios 130:1-2,
“Quando o Salvador se manifestar, vê-lo-emos como é. Veremos que é um homem como nós.
E que a mesma sociabilidade que existe entre nós, aqui, existirá entre nós lá, só que será acompanhada de glória eterna, glória essa que não experimentamos agora.”
Ao lermos esta escritura, vemos por que o Élder Eyring respondeu daquela maneira e de acordo com as informações que foram reveladas.
Vamos revisar esta parte da escritura dada, “a mesma sociabilidade que existe entre nós, aqui, existirá entre nós lá” Qual é a “sociabilidade” que temos aqui?
Sou casado, não moro com nenhum de meus irmãos há muitos anos, e alguns de nossos irmãos não moram com seus irmãos há mais de 50 anos.
Eles estão em sua própria casa, criando suas próprias famílias. Eu presumo que essa sociabilidade existirá no céu após esta vida.
Sabemos que as pessoas que recebem a glória celestial podem visitar qualquer reino e ministrar a eles.
Teremos nossa própria família (marido e mulher) e realizaremos qualquer trabalho que nosso Pai Celestial nos deu.
Presumo que, assim como visitamos nossos entes queridos agora, seremos capazes de visitá-los na vida após a morte.
Estou interpretando a frase citada dessa maneira. Posso estar errado e não saberemos até chegarmos lá.
Então, espero que se eu não estiver “vivendo” na mesma casa com minha família, ainda assim eu possa visitá-los. Acredito que eles farão o mesmo se também tiverem recebido a glória celestial.
Porém, o nosso foco principal é ter certeza de que estamos vivendo e nos tornando semelhantes a Cristo para que possamos desfrutar de tudo o que o Pai possui.
Pode ser difícil pensar em entes queridos que escolheram um caminho que não permite que recebam tudo o que o Pai possui, mas esta é uma escolha pessoal.
Por exemplo, pense em irmãos que têm a oportunidade de ir ao Havaí ou a algum outro paraíso tropical.
Eles são apresentados às condições do que precisam fazer para poder realizar tal viagem.
Um irmão faz todos os esforços para honrar as condições, enquanto o outro irmão não leva as condições a sério (e pensa que ser “bom” é o suficiente para anular quaisquer condições e leis estabelecidas).
Quando chega o momento da viagem, um dos irmãos cumpriu todas as condições e o outro não.
Então, um vai para o Havaí, enquanto o outro, embora não tenha respeitado as condições para ganhar a viagem, ainda pode ir para algum outro lugar legal.
Eu definitivamente adoraria ir para o Havaí e ficaria triste se meu irmão não estivesse disposto a honrar as condições para ir ao mesmo lugar que eu.
Ainda fico feliz de saber que há algum outro lugar bom para ele ir e que ainda é melhor do que ficar em casa.
Sobretudo, me apoio na verdade de que temos um Pai Celestial amoroso e perfeito que cuidará de todas as coisas com perfeição e justiça.
Fonte: Ask Gramps