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Mulher não deve falar na Igreja? Paulo ensinou isso mesmo?

Na Bíblia lemos:

“As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.
E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja.” (1 Coríntios 14:34,35)

As mulheres, na época de Paulo, deviam estar “sujeitas” e não podiam falar durante as reuniões da Igreja? Seu aprendizado deveria se restringir a uma comunicação particular dentro de casa? Era vergonhoso as mulheres falarem na Igreja?

Por mais que os tempos de Paulo reduzissem as mulheres a papéis inferiores, o Evangelho de Jesus Cristo não comporta tal pensamento. Em todas as épocas, o povo do Senhor foi exortado a tratar homens e mulheres como filhos de Deus, e refutar qualquer tipo de preconceito. No Livro de Mórmon lemos:

“[Deus] convida [todos os filhos dos homens] a virem a ele e a participarem de sua bondade; e não repudia quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher; e lembra-se dos pagãos; e todos são iguais perante Deus, tanto judeus como gentios” (2 Néfi 26:33; ver também Alma 5:49).

De fato, nem mesmo Paulo pensava assim. Ele disse que a mulher era igual ao homem no Senhor (1 Coríntios 11:11). Ele era grato pela influencia e serviço das mulheres – e ele expressa repetidamente agradecimento a elas em suas cartas (Romanos 16, 1 Coríntios 16, etc.)

Felizmente sabemos que esse versículo foi mal traduzido e até alterado. O Profeta Joseph Smith corrigiu essa passagem ao traduzir a Bíblia. A Tradução de Joseph Smith substitui as palavras falar e falem, nos versículos 34 e 35, por governar e governem. Essa mudança de palavra sugere a possibilidade de que Paulo estava tentando corrigir uma situação em que algumas mulheres de Corinto estavam tendo conduta inadequada durante as reuniões de adoração ou estavam indevidamente tentando assumir a responsabilidade de liderar, em vez de apoiar e seguir os líderes do sacerdócio (ver New Testament Student Manual [Novo Testamento — Manual do Aluno], Sistema Educacional da Igreja, 2014, p. 380).

Uma mulher importante na história de Israel tentou usurpar a liderança do povo de Deus. Miriã, irmã de Moisés foi ferida com Lepra, por não respeitar a autoridade do sacerdócio e apoiar seu profeta (Números 12).

As mulheres tem um papel vital na obra de Deus, mas o Senhor determinou que os homens recebem o sacerdócio e lideram as Igreja através das chaves deste poder.

Falando da importância das mulheres na obra do Senhor, nosso amado profeta,o  Presidente Russell M. Nelson, disse:

“Os homens podem e frequentemente transmitem o amor do Pai Celestial e do Salvador a outras pessoas. Mas as mulheres têm um dom especial para isso — uma investidura divina. Vocês têm a capacidade de perceber o que outras pessoas precisam — e quando elas precisam. Vocês conseguem estender a mão, consolar, ensinar e fortalecer alguém no momento da necessidade.

As mulheres e os homens veem as coisas de maneira diferente, e precisamos muito de sua perspectiva, irmãs. Sua natureza leva vocês a pensar nos outros primeiro, a considerar o efeito que qualquer decisão terá em outras pessoas.” (“A participação das irmãs na coligação de Israel”, Conferência Geral, outubro de 2018)

As mulheres na Igreja possuem sua própria organização – a Sociedade de Socorro. Elas também participam dos conselhos da Igreja – como o conselho da ala. A voz delas é essencial para o trabalho de Deus.

O Elder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos, declarou:

“A extraordinária mulher pioneira Emily H. Woodmansee escreveu a letra do hino “Irmãs em Sião”. Ela corretamente declarou que “missão qual dos anjos [às mulheres] é dada”. Isso foi descrito como “nada menos que uma convocação direta e urgente de nosso Pai Celestial, e ‘esse é um dom que (…) as irmãs (…) reivindicam para si.’”

Queridas irmãs, amamos e admiramos vocês. Agradecemos o seu serviço no reino do Senhor. Vocês são incríveis!” (Conferência Geral, abril de 2011)

Que bênção é ter as mulheres não só falando, mas participando ativamente do trabalho de salvação!

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