Élder Corbridge: O que os santos dos últimos dias devem aprender com os pioneiros

O Élder Lawrence E. Corbridge, uma Autoridade Geral do Quórum dos Setenta, fala no Day’s of ‘47 Sunrise Service no Assembly Hall, Praça do Templo em 24 de julho de 2019.

O Élder Lawrence E. Corbridge disse que a fé dos pioneiros em Jesus Cristo os capacitou para suportar momentos difíceis e provações, durante o Day’s of ‘47 Sunrise Service no dia 24 de julho.

“Sempre foi comum entre os fiéis enfrentar dificuldades, sofrimentos, desapontamentos, fracassos e ter fé para depois só então triunfar – começando por Adão e Eva, depois Noé, Abraão, Jacó, José, Moisés, Leí, Joseph Smith, especialmente Jesus Cristo e todos aqueles que vieram depois deles,” disse o Élder Corbridge.

Realizado no Assembly Hall, na Praça do Templo, a homenagem ao Dia dos Pioneiros de Utah foi prestada com música e testemunho. O Presidente Dallin H. Oaks, membro da primeira presidência e sua esposa, Sister Kristen Oaks, compareceram a reunião na parte da manhã.

Seguidos de múltiplas apresentações musicais feitas pelo Salt Lake Valley Combined Institute Choir e o Day’s of ‘47 Royalty, o Élder Corbridge disse que algumas pessoas podem questionar o motivos para os pioneiros voluntariamente perseveraram em meio a dificuldades, para se reunirem no Oeste dos Estados Unidos. Alguns devem pensar qual é a razão de eles deixarem suas casas e terra natal.

Ele também levantou a questão “A fé, a fidelidade e a justiça requerem o abandono voluntário de todo o resto?”

“Nosso instinto natural é de nos diminuirmos em meio ao sofrimento, mas é um erro grave ter isso como objetivo na vida, não importa qual seja nosso instinto. Esse tipo de pensamento é erroneamente equivalente a busca pela felicidade com uma falsa facilidade.  Embora tenha um certo apelo, é uma estratégia profundamente falha, porque o sofrimento e a felicidade não são incompatíveis, mas companheiros essenciais. Vocês podem sofrer e nunca sentirem alegria, mas não podem sentir alegria sem sofrimento.”

O Élder Corbridge disse que eventos como a reunião dos pioneiros no Oeste em tão grande escala, pode ser chamada de fanatismo religioso. O escritor Charles Dickens descreveu os Santos do Últimos Dias que deixaram a Inglaterra e foram para Sião como “a colheita e as flores da Inglaterra.”

Obra de Deus

Para um testemunho em primeira mão, o Élder Corbridge compartilhou a experiência de Jane Charters Robinson, uma mulher que deixou a sua terra natal em 1855 para ir a Sião:

“Acreditei no princípio de reunião e senti que era meu dever ir, mesmo que fosse um desafio para mim, o sentimento de deixar a minha terra natal e todos os vínculos que eu tinha criado, mas meu coração estava decidido. Eu sabia em quem acreditava e com o fogo do Deus de Israel queimando em meu peito, abandonei minha casa, mas não por riquezas ou coisas desse mundo.”

“Uma das razões para os membros da Igreja terem perseverado a essas provações, foi o senso de comunidade que os pioneiros ofereciam,” disse o Élder Corbridge. Outra razão, deve ser a liderança carismática de Joseph Smith e os outros líderes. O desejo de construir um templo e receber as ordenanças, com poder vindo dos céus, também ajudou as pessoas a perseverarem.

“No entanto, todas essas explicações não foram o suficiente para mim,” disse o Élder Corbridge. “Talvez eles tenham encenado, mas mesmo combinados, eles não são o suficiente. Não existe uma boa explicação, pelo menos em termos humanos, o que me leva a concluir: Isso não foi esforço humano, mas sim obra de Deus.”

O Élder Corbridge disse que a migração dos pioneiros para o Oeste e a habilidade deles fazerem ‘rosas brotarem no deserto” em meio a todas as dificuldades, é um testemunho do trabalho de Deus de coligar Israel, que continua ainda hoje.

Prosperar em meio a grande adversidade

Para ajudar os presentes a aplicarem as experiências dos pioneiros, o Élder Corbridge fez a seguinte pergunta:

“Quais são as características de pessoas que não somente sobrevivem, mas prosperam em meia a grande adversidade?

Ele disse que há mais pessoas que se beneficiam das dificuldades e dos sofrimentos, do que as que não se recuperam. Aquele que tem perspectiva eterna, fé no Senhor, busca o bem do próximo e pode mudar ou se adaptar em novas situações não é somente um sobrevivente, mas um vencedor.

“Sobreviventes e vencedores enxergam as coisas como elas são, boas e ruins, e lidam com isso,” disse o Élder Corbridge. “Coisas ruins acontecem, mas como os pioneiros, devemos aceitar as realidades da vida, mesmo que elas sejam duras; passaremos bem pelas provações, ao confiarmos no Senhor; e todas as coisas, boas e ruins, trabalharão juntas para nosso bem.”

Fonte: Church News

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